Identificando e tratando o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade logo no inicio.
- Erika Ricci

- 12 de fev. de 2020
- 3 min de leitura
Sabemos que o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas. Mas, existem estudos que indicam outras possibilidades para o surgimento deste, tais como abuso de substâncias químicas durante a gestação, complicações no parto, toxemia, eclampsia, pós-maturidade fetal, duração do parto, estresse fetal, baixo peso ao nascer, e fatores como danos cerebrais perinatais no lobo frontal. Os sintomas aparecem na infância e frequentemente acompanham o indivíduo por toda a sua vida. O TDAH caracteriza-se por desatenção, inquietude e impulsividade, variando de acordo com a idade da criança, mas, é muito importante você estar atenta para ajudar o pediatra identificar o quanto antes. Abaixo segue as descrições de como os sintomas de TDAH se apresentam em cada fase da criança: - Lactente (29 dias a 2 anos): Bebê difícil, insaciável, irritado, de difícil consolo, maior prevalência de cólicas, dificuldades de alimentação e sono. - Na idade pré-escolar (2 a 7 anos): Atividade aumentada ao usual, dificuldades de ajustamento, teimoso, irritado e extremamente difícil de satisfazer. - Idade escolar (7 a 10 anos): Incapacidade de fixar um foco de atenção, distraído, impulsivo, desempenho inconsistente, presença ou não de hiperatividade. - Adolescência (10 a 20 anos): Desempenho inconsistente, sem conseguir colocar o foco, dificuldades de memória na escola, abuso de substâncias e acidentes. O pediatra é o profissional de saúde que acompanha o paciente, tendo a possibilidade de identificar precocemente sinais e sintomas que possam sugerir o TDAH. A base do diagnóstico é formada pela história, comportamento atual do paciente e relato dos pais e professores sobre o funcionamento da criança nos diversos ambientes que ela frequenta. O diagnóstico de TDAH deve ser feito com muita cautela e antes dos 6 anos de idade, levando em consideração que os sintomas de desatenção são menos frequentes em idades pré-escolares, já na idade adolescente a hiperatividade diminui e o que se sobressai é a desatenção e a impulsividade. Uma queixa muito comum no consultório é a dificuldade de atenção ou hiperatividade/impulsividade apresentados somente na escola e isso sugere muito mais um problema de aprendizagem que um TDAH, mas, em casa os pais devem observar, pois, essas crianças conseguem controlar os sintomas com esforço voluntário conseguindo passar horas frente ao computador ou vídeo game e poucos minutos frente a um livro. A interação da família é decisiva para que este transtorno seja identificado além de ser determinante na qualidade e sucesso da intervenção. DICAS: - Os pais podem auxiliar seus filhos nas tarefas escolares proporcionando um ambiente iluminado e silencioso sem maiores estímulos visuais para os estudos. - Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas, atente-se em ser exemplo também rs... - Não cobre resultados e sim empenho. - Elogie o seu filho! Ele precisa saber que seu “motorzinho de 220 volts” está sendo reconhecido e seus esforços em vencer a desatenção e controlar a ansiedade estão sendo reconhecidos! - Tente estabelecer um bom contato com os professores para saber o que está se passando na escola. - Dar instruções claras e olhando nos olhos. ser sempre direta e firme. - Estimular a criança a fazer e manter amizades. Essas são algumas das dicas para você conseguir lhe dar de maneira mais assertiva com seu pequeno (a) na sua casa. Na escola também existirá um olhar e cuidado diferenciado quando o transtorno for identificado, por isso, é tão importante que seja diagnosticado rapidamente a fim de trazer menos danos cognitivos, psicológicos e sociais a esta criança. Em relação às intervenções psicossociais, é proposto um treinamento estruturado pensado na criança ou no adolescente através de treino de habilidades cognitivas e comportamentais para o manejo dos sintomas de desatenção, hiperatividade, impulsividade, oposição, desafio, teimosia. Reforçando o comportamento adaptativo e diminuindo ou eliminando o comportamento desadaptativo. A Psicoterapia cognitiva comportamental + medicação (dependendo do caso) + orientação para a família + participação da escola e professores, tem nos mostrado na prática clinica, um avanço muito significativo na diminuição dos sintomas. Espero que gostem das informações mães, fiz algumas pesquisas e procurei colocar da forma mais enxugada possível! rs... é um tema muito amplo e tem muita coisa que gostaria de colocar! Mas, surgindo as suas duvidas contem comigo para ajuda-las! É um prazer estar aqui com vocês.


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